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Lendo 'Tolkien' - O Silmarillion - Parte 2 - #2

Oiie gente, tudo certo?

Vamos continuar falando de O Silmarillion do Tolkien? Na semana que passou nós iniciamos a leitura do Quenta Silmarillion - A História das Silmarils (que é dividido em 24 capítulos no total) lendo os quatro primeiros capítulos (serão lidos quatro por semana, durante seis semanas, lembram?).

E bom, apesar de ser uma história a parte, pelo menos na divisão, o Quenta Silmarillion dá continuidade às histórias contadas em Ainulindalë e no Valaquenta, ou seja, ele continua contando a história do mundo criado por Tolkien e seu desenvolvimento.

Mas vamos falando de cada capítulo separadamente:

Capítulo I - Do início dos tempos


Nele Tolkien nos conta que os Valar ficaram muito tempo concluindo a formação de Arda e que nesse período houve uma pequena ameaça de Melkor, mas que Tulkas logo o afastou. Houve paz por algum tempo então e as coisas funcionavam em perfeita ordem. Então, como forma de fechar esse trabalho e também comemorá-lo Aulë pediu que Yavanna criasse duas lamparinas (ou dois sóis) para iluminar sua obra.

Yavanna - Crédito: Divulgação
Uma ficou ao Norte e foi chamada de Illuin e a outra ficou ao Sul e foi chamada de Ormal e a Terra-Média era considerada o lugar mais belo de todos porque ali se encontravam as luzes de ambas as lamparinas e os próprios Valar moraram ali durante um tempo, num local chamado de Ilha de Almaren, no Grande Lago.

Acontece que mesmo no mais profundo esconderijo, Melkor tinha seus espiões e recebia notícias das obras dos Valar. E ele tinha muito ódio por tudo aquilo. Muita inveja. Então ele ficou esperando um momento para destruir tudo aquilo e criar seu próprio mundo. Esse momento chega durante o período chamado de Primavera de Arda, quando os Valar repousavam de seu trabalho e decidiram festejar. 

Enquanto eles estavam distraídos, Melkor escavou e construiu uma fortaleza nas profundezas da Terra. Esse lugar foi chamado de Utmno e de lá, Melkor emanava todo o mal que havia nele. Dessa forma ele acabou destruindo a Primavera e estragou todas as coisas que tinham sido feitas pelos Valar, instalando na Terra-Média as trevas. 

Dessa forma, os Valar perderam sua morada na Terra-Média e partiram para Aman, no ocidente. Lá eles criaram as montanhas Pelóri para se protegerem de Melkor. No topo da Taniquetil, uma das mais altas, Manwë instalou seu trono de onde ele observava tudo. Atrás das Pelóri, por sua vez, ficou Valinor, uma terra perfeita e sem mácula onde está instalada a cidade de Valmar e onde vivem então os Valar. 

Eles estavam chateados com isso, mas pelo menos momentaneamente não viam outra solução se não cuidar de Arda à distância. Como forma de registrar tudo o que havia acontecido até então, porém, quando tudo em Valinor estava pronto, Yavanna cantou uma canção que fez brotar as "Duas Árvores de Valinor", onde são tecidas as histórias dos Dias Antigos. 

As árvores foram chamadas de Telperion e Laurelin. 

"Uma tinha folhas verde-escuras, que na parte de baixo eram como prata brilhante; e de cada uma de suas inúmeras flores caía sem cessar um orvalho de luz prateada; e a terra sob sua copa era manchada pelas sombras de suas folhas esvoaçantes. A outra apresentava folhas de um verde viçoso, como o da faia recém-aberta, orladas de um dourado cintilante. As flores balançavam nos galhos em cachos de um amarelo flamejante, cada um na forma de uma cornucópia brilhante, derramando no chão uma chuva dourada. E da flor daquela árvore, emanava calor e uma luz esplêndida."

Telperion e Laurelin - Créditos: Divulgação

Ela também foram chamadas de árvores do dia e da noite e foram utilizadas para contar as horas do dia e da noite, conforme a chuva de suas flores.

A partir disso, grande parte dos Valar passaram um bom tempo sem ir até Arda. Manwë, por exemplo, recebia notícias da Terra-Média por falcões e águias. Por outro lado, Ulmo continuou vivendo nas águas e foi ele que manteve a terra viva. Yavanna também voltava frequentemente para curar um pouco a terra, porque ela amava demais suas criações. Algumas delas Yavanna até mesmo adormeceu para que num futuro de luz elas pudessem despertar ainda saudáveis. 

Seguidamente, porém, Melkor era visto fora de sua fortaleza, mesmo que sob algum disfarce, tornando a terra cruel e violenta como era de seu gosto e todos estavam com medo dele, exceto Oromë que às vezes perseguia até a morte os monstros e criaturas de Melkor, na tentativa de diminuir um pouco seu poder. 

Nesse meio tempo também, Manwë é eleito o vice-regente de Iluvatar, Rei do Mundo dos Valar e baluarte contra o mal de Melkor e Varda, (Elbereth) é sua Rainha. 

Capítulo II - De Aulë e Yavanna

Desde o início dos tempos, desde a canção que criou todas as coisas, os Valar sempre souberam que chegaria o momento em que os seres conhecidos por nós como elfos ganhariam vida e iriam viver em Arda. Antes que isso acontecesse, porém, Aulë desejoso de ter filhos acabou criando outros seres - fortes e obstinados o suficiente para suportar um mundo dominado por Melkor, e semelhante ao próprio Aulë no gosto pelas pedras e pelo ferro - que foram chamados de anões. Ele fez isso em segredo por receio do julgamento que os demais fariam, mas Ilúvatar, de quem nada se pode esconder, logo soube do ocorrido.

Ele questionou Aulë e o reprimiu apontando que isso havia sido um erro. Em resposta Aulë se justificou:

"Desejei seres diferentes de mim, que eu pudesse amar e ensinar, para que também eles percebessem a beleza de Eä, que tu fizeste surgir. Pois me parece que há muito espaço em Arda para vários seres que poderiam nele deleitar-se; e, no entanto, em sua maior parte ela ainda está vazia e muda. E, na minha impaciência, cometi essa loucura." 

Ilúvatar então concordou em deixá-los viver, mas decretando que eles adormeceriam para acordar apenas depois da chegada dos Primogênitos (elfos) e já avisando Aulë de que no futuro haveria discórdia entre ambas as criações.

Aulë criou o anões - Créditos: Divulgação

Depois disso, os demais Valar ficaram sabendo da criação de Aulë e a maioria não se importou, porém, Yavanna logo se preocupou com suas próprias criações (plantas e animais) que poderiam ser devastas pelos seres de Aulë. Ela então procurou os conselhos e ajuda de Manwë, o Rei dos Valar. E ele questiona:

"- Pela tua vontade, o que preservarias? - perguntou Manwë. - De todo o teu reino, o que te é mais caro?"
E ela responde:

" - Tudo tem seu valor, e cada um contribui para o valor dos outros. Mas os kelvar podem fugir ou se defender, ao passo que os olvar que crescem, não. E entre estes, prezo mais as árvores. embora de crescimento demorado, veloz é sua derrubada; e, a menos que paguem o imposto dos frutos nos galhos, pouca tristeza despertam quando morrem."
E assim, Yavanna e Manwë criaram os Pastores das Árvores.

Capítulo III - Da chegada dos elfos e do cativeiro de Melkor

Esse capítulo retoma a história do ponto em que Melkor destrói a Primavera de Arda e nos conta que durante um certo período, ele trabalhou e viajou por Arda para reunir criaturas malignas em seu entorno, como os Balrogs. Nesse período ele também constrói Angband, uma fortaleza que deixa sob o comando de Sauron, seu mais fiel servidor.

Cansada de ver tristeza, trevas e destruição, Yavanna então decide que é chegada a hora de se reunir com os demais Valar e terminar seu tempo de descanso. Elas os chama e os incita a combater Sauron, lembrando que muito em breve os Primogênitos deverão chegar.

Num primeiro momento, os Valar se mostram pouco interessados nisso, lembrando Yavanna que a chegada dos elfos estava prevista para acontecer na escuridão mesmo, porque em suas imagens eles veriam primeiro as estrelas e Varda é que os guiaria corretamente até o local onde viveriam.

Quando tocam nesse assunto, Varda se lembra disso e decide que é chegada a hora de fazer as estrelas. Ela as faz com os orvalhos de prata da árvore Telperion. E quando termina seu trabalho, ela mal sabe, mas os Primogenitos de Ilúvatar despertam longe dali e iniciam suas vidas na escuridão de Arda, abrindo os olhos e contemplando as estrelas. Desde aquele momento eles amam Varda mais do que a qualquer outro. Em seguida eles começam a andar pela terra dando nomes às coisas.

Os Primogênitos - Créditos: Divulgação

Os Valar só descobrem que eles já estão vivos e em Arda quando certo dia, algum tempo depois, Oromë escuta suas vozes cantando ao longe. Ele tenta se aproximar, porém, Melkor que sempre esteve atento, já havia percebido o nascimento daquele povo e já tinha lançado sobre eles o medo - através de seres malignos que apresentava para eles e também através do desaparecimento de alguns elfos eventualmente - e por isso eles se assustam quando veem Oromë.

Alguns fogem e nunca mais são vistos, outros, porém, mais corajosos e fortes ficam e percebem que Oromë tem a luz de Aman em seu semblante e que ele é, portanto, diferente. Aqueles que ficam e ouvem Oromë conhecem a verdade. Os que fogem, se perdem, caindo nas armadilhas de Melkor, acabam aprisionados, corrompidos e escravizados, tornando-se Orcs.

Em seguida Oromë parte para levar a notícia dos Primogênitos aos demais Valar e eles resolvem então que é hora de lutar contra Melkor. Assim uma grande batalha tem início. Ela transforma toda a terra e por fim, depois de muita violência, Melkor acaba aprisionado e levado para a fortaleza de Mandos onde é condenado a permanecer durante três eras.

Os Valar também procuram limpar a Terra-Média dos seres criados por Melkor. Uma grande parte é destruída, porém, a fortaleza de Melkor era por demais profunda e escura e nem todas as masmorras foram encontradas e destruídas de forma que muitos seres ainda ficaram escondidos nas profundezas. Sauron, o servo de Melkor, por exemplo, nunca foi encontrado.

Ao fim da batalha, os elfos são convidados a viver com o Valar em Valinor, porém, eles só conheceram a fúria dos Valar durante a guerra e temem esses seres, mesmo sabendo que são divinos. Eles preferem ficar na Terra-Média. Oromë então escolhe embaixadores para irem até Valinor ver como é lá e depois voltar para chamar os demais. Os escolhidos são Ingwë, Finwë e Elwë.

 Ingwë, Finwë e Elwë - Créditos: Divulgação

Ele vão, se surpreendem com a glória e imponência dos Valar e sentem vontade de permanecer na luz deles junto às Arvores e então retornam para chamar os demais. Ocorre então a primeira divisão entre os elfos: os Eldar são aqueles que decidem ir para Valinor com Oromë, e os Avari são os relutantes que preferem as estrelas e a imensidão da Terra-Média.

Aqueles que decidiram ir para Valinor (Eldar), porém, também se dividiram em três grupos. Os Vanyar, liderados por Ingwë foram o menor grupo e permaneceu lá em Valinor sentado aos pés dos Poderes sem nunca mais voltar seus olhos para a Terra-Média. São chamados também de os "belos-elfos" e são amados por Manwë e Varda.

O segundo grupo foi chamado de Noldor e eram liderados por Finwë. Amigos de Aulë eles foram chamados de os "elfos-profundos". E por fim, houve também o Teleri, liderados por Elwë e Olwë por ser o maior de todos os grupo. Eles foram chamados de os "elfos-do-mar" porque se apaixonaram por ele.

Ao fim desse capítulo sabemos ainda que a viagem em direção à Valinor é bastante demorada e precisa ser feita em etapas, até porque não haveria como todos os elfos cruzarem os mares do ocidente ao mesmo tempo. Eles vão indo aos poucos, um grupo guiado por Oromë, enquanto os demais esperam em algum ponto e aprveitam para conhecer as belezas da Terra-Média.

E assim termina o terceiro capítulo.

Capítulo IV - De Thingol e Melian

Esse capítulo é bastante breve - tem duas páginas na minha edição - e fala de uma história de amor entre um elfo e uma Maia que aconteceu quando os elfos estavam indo para o leste, para Valinor.

Melian, segundo nos conta Tolkien, vivia nos jardins de Lórien. Era muito sábia e bela e, meio aparentada com Yavanna, ela era sempre seguida pelo rouxinóis a quem ela ensinou seu canto.

Certo dia, enquanto esperava na região do Rio Gelion, a caminho do leste, Elwë, senhor dos Teleri se afastou dos demais, entrando nas florestas de Neldoreth e Region, à procura de Finwë, seu amigo, que ainda estava mais à oeste. De repente ele ouviu o canto dos rouxinóis e caiu sobre ele um encantamento. Ele ouviu a voz de Melian e ela "encheu seu coração de maravilha e de desejo".

Thingol e Melian - Créditos: Divulgação

Elwë então se esqueceu de seu povo e de seus objetivos indo ao encontro de Melian. Quando eles finalmente se encontram e tocam as mãos, eles ficam encantados e paralisados na mesma posição durante muitos anos. Os outros elfos chegam a procurar Elwë sem sucesso, de forma que Oromë acaba assumindo os Teleri para que continuem a viagem. E de Melian também não se tem notícias durante muito tempo.

Sabe-se porém, que muitos anos depois Elwë tornou-se um rei célebre, chamado de Rei do Manto Cinzento - Elu Thingol - na língua daquela região, e que Melian foi sua rainha. Eles moravam em Menegroth, as Mil Cavernas, em Doriath. Sabe-se também que "do amor de Thingol e Melian, vieram ao mundo os mais belos Filhos de Ilúvatar  que já existiram ou virão a existir".

E assim termina o quarto e último capítulo lido nessa semana.

CONSIDERAÇÕES

Até aqui a leitura tem sido incrível. Como eu já esperava - por causa das tentativas anteriores de leitura - ela não é uma leitura fácil. Mas é muito prazerosa. São, de fato, muitos nomes para memorizar, muitos acontecimentos, muitas personalidades e papéis, e até aqui, tive que ler pelo menos duas vezes cada capítulo para compreender melhor as situações, além de fazer muitas anotações, voltar atrás e consultar nomes muitas vezes, mas ainda assim, vale a pena.

Porque é uma leitura de descobertas, especialmente para quem já leu Senhor dos Anéis e gosta da história de forma a ter fresco na memória os nomes dos personagens e suas imagens.

Assim como no trecho anterior, continuamos a descobrir origens de seres e a identificar nomes já conhecidos das histórias lidas anteriormente. Sauron, por exemplo, aparece novamente e dessa vez descobrimos que no auge da maldade de Melkor, ele era seu braço direito e que quando Melkor foi preso, Sauron conseguiu escapar.

Ainda da trupe de Melkor, descobrimos, mesmo que meio por cima, quem são os Balrogs. Quem já leu ou assistiu o Senhor dos Anéis vai lembrar que foi um Balrog que "matou" Gandalf durante a viagem da comitiva do anel. Naquele trecho, antes de enfrentar o ser, o mago explica para os demais que os Balrogs são seres muito antigos. Agora sabemos o quão antigos são. E sabemos que eram aliados de Melkor também.

Também acompanhamos o início da Terra-Média, de sua vida. A história dos primeiros elfos e o que houve com cada grupo deles. Sabemos por exemplo - e essa informação eu já tinha ouvido falar, mas ela ainda assim me chocou muito - que os Orcs - aqueles bichos estranhos que seguem Sauron e Saruman em Senhor dos Anéis - já foram elfos um dia, mas que se assustaram e foram pegos por emboscadas de Melkor e transformados naquilo que vimos nas outras histórias, por pura maldade e por medo.

Além disso, também ficamos conhecendo a história dos bons e velhos anões - e inclusive que eles são mais antigos que os elfos, mas infelizmente são mortais porque Aulë não poderia criar um ser com tanta perfeição quanto Ilúvatar. Sabemos que eles tem a aparência e a personalidade característica de anões - truculentinhos, mas muito fortes e determinados - porque assim era necessário naquela época, quando Melkor ainda reinava na Terra-Média. E sabemos também que desde sempre Ilúvatar previu que haveria discórdia entre anões e elfos, como podemos ver em O Hobbit e no Senhor dos Anéis.

E por fim, mas não menos importante - ao contrário - sabemos também sobre a criação dos Pastores de Árvores, aqueles que Merry e Pippin chamam de Ents em Senhor dos Anéis. Descobrimos que eles foram criados por Yavanna numa tentativa de proteger suas queridas árvores dos machados dos anões de Aulë. Que bom que ela fez isso, não? Mal sabe ela que no futuro os Ents terão um papel fundamental.

São muitas informações importantes que só confirmam aquilo que eu já imaginava: a próxima leitura de O Hobbit e de O Senhor dos Anéis será muito mais rica. Será incrível!

Mil beijos pessoal!



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