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Quadrinista Santiago será o patrono da Feira do Livro de Santa Cruz


Neltair Abreu (ou Santiago) e Paulo Louzada. Esses serão, repectivamente, o patrono e o escritor homenageado da 31ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, que acontece em 2018. O anúncio foi feito na manhã da última terça-feira, dia 22 de maio, na Livraria e Cafeteria Iluminura. Ambos têm seus trabalhos ligados ao mundos dos quadrinhos, charges, tirinhas e HQs e têm tudo a ver com o tema da feira, também anunciado na terça: “Ler é uma aventura”. 

Neltair Abreu nasceu em 1950 e chegou à Porto Alegre aos 19 anos, carregando uma mala de garupa e um forte sotaque fronteiriço da cidade de Santiago, interior do Rio Grande do Sul, o que acabou lhe rendendo o apelido de “Santiago”, que hoje é seu pseudônimo. Entrou no mundo das ilustrações na antiga Casa Genta, onde desenhava letreiros para anúncios luminosos de acrílico. De lá pra cá, atuou no vespertino Folha da Tarde, Correio do Povo, no Coojornal, O Pasquim, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, também atuou com publicações sindicais, empresariais e especializadas, na Revista Bundas, no Jornal do Comércio, e atualmente colabora para o jornal Extra Classe e para a revista Le Monde Diplomatique Brasil. 

Anúncio feito na manhã de terça-feira
Crédito: Luana Ciecelski

Em 1994, a revista americana Witty World, voltada para os profissionais do cartum, colocou seu nome entre os 13 melhores do mundo. Também já foi agraciado 20 vezes com o prêmio ARI de Jornalismo, da Associação Riograndense de Imprensa. Entre outros prêmios, também ganhou, em 1990, o concurso anual do jornal japonês Yomiuru Shimbun, vencendo 15 mil trabalhos do mundo inteiro. Atualmente vive em Porto Alegre com a esposa Olga e "enquanto os netos não chegam, leva a passear o seu bulldog francês de nome Ugo, que ainda não desenha, mas presta muita atenção”, como ele mesmo diz. 

O quadrinista Santiago
Créditos: Divulgação/FestiPoa Literária

Já Paulo Louzada é conhecido por seu famoso personagem “Tapejara – o último guasca”, publicado em jornais como a Gazeta do Sul, Diário Gaúcho e Diário de Santa Maria. Ele começou profissionalmente como desenhista aos 16 anos, na extinta Editora Intermédio e depois disso, dedicou bastante de seu tempo realizando projetos com empresas de publicidade como MPM e DPZ. Nesse período, porém, ele não esteve totalmente afastado do trabalho de chargista. Ao contrário, aproveitou o período para buscar uma personalização de seu estilo de desenho e a criar os primeiros personagens para publicações de jornais e afins. Foi em 1996 que Tapejara lhe veio à mente – tendo como inspiração as experiências de infância na campanha - e desde então esse é o seu principal trabalho. 

Paulo Louzada, o pai do "Tapejara"
Créditos: Divulgação


FESTA DOS QUADRINHOS

De acordo com a gerente regional do SESC, Roberta Pereira, a ideia de fazer uma festa voltada para os quadrinhos, com um patrono e um homenageado da área, já vinha sendo pensada desde o ano passado, quando o Bah! - encontro voltado para o mundo das HQs, realizado todos os anos durante a Feira do Livro - aconteceu em uma versão reduzida. “Quando cheguei no encontro, disse para os que estavam presentes que nesse ano eles teriam uma feira do livro dedicada aos quadrinhos”, comentou. 

Tapejara - o último Guasca

Segundo ela, essa temática também vai muito de encontro com um dos principais focos da Feira do Livro, que é a formação de leitores. “Boa parte da programação todos os anos é voltada para um público infantil, para um público que está chegando agora ao mundo da leitura. E muitos de nós aqui começamos lendo gibis. Para muitas crianças essa é uma porta de entrada”, lembrou ela. Por isso, a organização já adianta que além da presença do patrono e do homenageado, além da realização do Bah!, a programação geral também contará com diversas atrações ligadas aos quadrinhos, HQs, cartuns, tirinhas, charges, etc. 

A 31ª FEIRA DO LIVRO

O lançamento oficial com a divulgação de toda a programação será no dia 16 de agosto, às 19h30, no auditório do Colégio Marista São Luís e a feira está marcada para acontecer entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro – outra data já havia sido divulgada, mas a organização teve que fazer ajustes no calendário. 

A abertura oficial do evento, já adiantou Roberta, será na noite do dia 30 e na sequência já está confirmada a realização de um sarau literário e poético promovido pela Academia Santa-Cruzense de Letras, pela Associação Santa-Cruzense de Escritores (ASCE) e pela Associação de Amigos da Praça do Chafariz (Apriz). 

Assim como em 2017, a feira já está confirmada para acontecer na Praça Getúlio Vargas e a expectativa, é de que o número de livreiros permaneça mais ou menos o mesmo (cerca de 20 bancas), além, é claro, das bancas das bibliotecas – Biblioteca Pública, Biblioteca do SESC e Biblioteca do SESI.



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