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Lendo Outlander | Livro 1 | #1

Oi, oi pessoal, tudo bom?

Então, vamos conversar a respeito das primeiras 100 páginas de Outlander?!
O vídeo, onde eu falo sobre o que li até agora, e onde comento também sobre o que achei do livro até aqui já está disponível no canal do Youtube, mas vou deixa-lo por aqui também, logo mais abaixo. Porém, queria fazer uns comentários por escrito.


Pra começar, queria deixar registrado aqui no blog que essa está sendo uma leitura incrível. O primeiro livro não é nenhuma grande novidade pra mim, porque como falei do vídeo de abertura do projeto, eu já o tinha lido. No entanto, essa leitura já tinha algum tempo (acho que uns 4 anos, pelo menos), e a experiência de relê-lo não está sendo nada cansativa. Ao contrário.

Até o presente momento, nós fomos apresentados ao casal Claire e Frank Randall e acompanhamos um pouquinho da 2ª Lua de Mel deles, pós-Segunda Guerra Mundial. Acompanhamos também as visitas de Claire ao círculo de pedras Craigh na Dun, até o momento em que ela é puxada para dentro da fenda e abre os olhos no mesmo local, mas em uma época diferente.

Claire e Frank Randall, em sua 2ª Lua de Mel
Foto: Divulgação

Ainda nessas primeiras 100 páginas a gente consegue acompanhar a Claire em suas primeiras horas no século 18, e em seus primeiros contatos com os escoceses, a reação dela de tentar entender o que estava se passando, assim como a reação das pessoas em relação à visão dela, vestida com roupas mais curtas e com um corte de cabelo moderno demais.

Claire ainda no século 20, com roupas mais leves
Foto: Divulgação

No ponto em que paramos a leitura, ela acabara de descobrir que o ano corrente era o de 1773. Ela conversou também com Colum Mackenzie, chefe do Clã Mackenzie, que é o proprietário do Castelo Leoch, onde está hospedada. Ela conta uma história para ele, na tentativa de justificar sua presença e ser libertada para voltar a Craigh na Dun, no entanto, ele ainda não está acreditando muito nela. 

Claire já no século 18, com vestidos longos e muito xadrez, é claro
Foto: Divulgação

Mas eu falo sobre toda essa história com muito mais detalhes no vídeo - e por isso, fica o convite (mais uma vez) para que vocês assistam lá. O que eu queria falar mesmo aqui é a respeito da questão histórica dessa série. 

É bem provável que um historiador encontre problemas aqui e ali, porque isso é bem natural, no entanto, a gente percebe que a autora fez uma pesquisa bastante aprofundada e que ela consegue, já desde o início trazer alguns fatos bem importantes e acrescentá-los ao enredo de forma muito natural. Isso torna a leitura ainda mais atrativa porque ela deixa de ser apenas uma narrativa bacana e passa a ser fonte de conhecimentos históricos também. 

Como eu amo história quase tanto quanto amo literatura, essa combinação é perfeita pra mim.

Isso dá um sentido maior pra existência da personagem também, uma vez que ela não está no passado apenas por estar. Nesse comecinho talvez ainda não tenha dado pra sentir tanto isso, mas ao longo do livro eu sei que essa questão de estar no passado e conhecer o futuro ficará cada vez mais importante para a narrativa (não querendo dar spoilers).

Outra coisa que eu queria comentar é sobre o comportamento e reação da Claire. Acho que ela foi muito inteligente em observar a situação em que ela estava inserida antes de sair por aí gritando que tinha vindo do futuro. Se ela tivesse feito isso, ela provavelmente não teria durado muitas horas. Teriam visto ela como uma bruxa logo de cara ou até mesmo como louca. E eu admirei muito esse cuidado que ela teve.

Também admiro os conhecimentos que ela tem, tanto de história quanto de botânica. Os de história, a gente sabe que têm certa influência do Frank. Ainda assim, lembrem-se, eles ficaram tempo sem se ver durante o período da guerra e não puderam conversar tanto assim, de forma que boa parte do que ela sabe, vem do conhecimento dela mesma.

E os de botânica, ela explica no livro que foi uma atividade proposta até pelo Frank, como uma forma de encontrar algo a fazer, algo com o que ocupar a mente, no entanto, ela tem uma carga grande de conhecimentos e, por ser enfermeira, ela usa muito bem essas informações em prol da medicina. O que é a sorte dela, né?! Porque coincidentemente ela vai parar em uma época onde os remédios eram praticamente inexistentes. As plantas são fundamentais para tratamentos, curas e prevenções.

Mas o mais interessante nisso tudo, é que além do romance e além dos fatos históricos, o livro também nos dá algumas aulas de medicina alternativa. Eu não sei exatamente até que ponto isso tudo é confiável, mas eu diria que os conhecimentos da autora sobre plantas são ainda maiores do que de história porque afinal ela é uma Bióloga e Ecologista (vocês sabiam? num próximo post posso falar mais sobre isso). E bom, eu particularmente fiquei louca de vontade de saber mais, de entender mais de plantas, de conhecer mais seus usos. Era uma coisa que eu já tinha vontade de fazer antes, e agora, tenho ainda mais.

E pra finalizar, queria dizer ainda, que essa história me cativa muito pelo lado "Brumas de Avalon" que ela tem. Alguém aí já leu? Essa é uma série famosíssima, que se passa também na Grã-Bretanha, em torno da corte do Rei Arthur, mas que no entanto foca ainda mais na questão do poder feminino, dos druidas e sacerdotisas, da magia. E acho que a Diana Gabaldon até poderia explorar isso um pouquinho mais. Mas ok também! Assim já está bom!

Próximo encontro

E bom, o próximo vídeo deverá ser publicado no dia 8 de fevereiro, vou fazer a leitura até a página 195. Não são exatamente 100 páginas, porém, foi onde encontrei uma quebra de capítulo. Achei mais adequado para o projeto fazer dessa forma.

Beleza, então?!
Seguimos lendo Outlander. Seguimos com o projeto de leitura.
Beijão pra todos.

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