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Clássicos novos no Kindle Unlimited

Os assinantes do Kindle Unlimited que curtem clássicos da literatura tem alguns bons motivos para acessar seus aplicativos ou aparelhos e atualizar sua lista de livros emprestados. Isso porque novos clássicos foram adicionados ao programa nessa semana. Quer saber quais são eles? Confere abaixo a lista. 

1. O morro dos ventos uivantes - Emily Brontë: publicado em dezembro de 1847, o livro chocou os leitores da época, uma vez que, para contar a história de amor entre Catherine e Heathcliff, a jovem autora expôs os sentimentos e a alma dos personagens de uma maneira pouco comum ao mostrar suas falhas de caráter e revelar o abismo social que separava os dois irmãos de criação, mantendo, assim, a tensão ao longo de todo o romance.



A trama ganha contornos sombrios quando Lockwood, o novo locatário da Granja da Cruz do Tordo, faz uma visita ao seu senhorio, Heathcliff, proprietário do Morro dos Ventos Uivantes, e, durante uma terrível nevasca, precisa se abrigar na casa. A partir dessa noite nada convencional revela-se a história da paixão entre Heathcliff e Catherine. Emily Brontë criou um mundo próprio, perpassado pelo sobrenatural, para escrever uma das mais trágicas - e igualmente românticas - histórias da literatura inglesa.

2. Walden - H. D. Thoreau: Em julho de 1845, desgostoso com o crescente comercialismo e industrialismo da sociedade americana, Henry David Thoreau (1817 - 1862) deixou Conrad, Massachusetts, sua cidade natal, para instalar-se à beira do Lago Walden. Publicado primeiramente em 1854 com o título "Walden ou A vida nos bosques", este é o relato de dois anos, dois meses e dois dias em que o autor viveu apartado da sociedade dos homens, suprindo as próprias necessidades, estudando, contemplando a natureza e conhecendo-se a si mesmo. Neste testamento ético-espiritual que é Walden ("O universo é maior do que as visőes que temos dele.") beberiam todos os grandes nomes das letras e da cultura norte-americana, desde o transcendentalista Ralph Waldo Emerson aos autores beat e da contracultura do século XX, além de figuras revolucionárias como Gandhi e Martin Luther King.

3. A divina comédia - Dante Alighieri: a divina comédia, obra-prima de Dante Alighieri (1265-1321), fundadora da literatura de língua italiana e o mais completo compêndio sobre a civilização medieval, ganha uma nova e fluente tradução em prosa para o português brasileiro. Escrito enquanto o autor encontrava-se exilado de Florença, sua cidade natal, devido a rixas políticas, o poema narrado em primeira pessoa retrata Dante como um protagonista peregrino, uma espécie de cidadão do mundo representante do homem medieval espremido entre a cultura clássica e a tradição cristã, em busca da excelência moral e espiritual. Levado pela mão do poeta latino Virgílio, autor da Eneida, o personagem Dante conhece o inferno e o purgatório – e os pecadores que lá se encontram – para depois atingir o paraíso, em uma das obras literárias mais influentes de todos os tempos.

4. Carta a Théo - Vincent Van Gogh: em Cartas a Théo está a descriçăo das obras, a formulaçăo do complexo e avançado pensamento estético de Van Gogh e a descriçăo da evoluçăo da sua própria loucura. Um material emocionante e revelador, tanto pela sua obsessiva convicçăo de que era realmente um artista, como também pela paradoxal conscięncia da própria loucura. Nas cartas, Vincent fala abertamente da sua "doença", reflete sobre ela e dramaticamente prevę as crises que se tornaram mais freqüentes no final da vida e culminaram com sua morte trágica.

Nesta ediçăo que a coleçăo L Pocket lançou em 2002, foram acrescentadas mais de uma centena de cartas, em relaçăo a ediçăo de 1997, obedecendo ŕ clássica antologia organizada por Georges Philippart e editada em Paris na década de 1930. Foram acrescentados ainda um glossário, identificando os quase 200 nomes citados por Vincent em sua correspondęncia, várias ilustraçőes com fac-símiles das cartas e o célebre texto do pintor Paul Gauguin, onde é descrito o episódio em que Van Gogh, num acesso de loucura, corta a orelha. Foram mantidas a introduçăo biográfica e a cronologia da vida e do tempo de Van Gogh.

5. Madame Bovary - Gustave Flaubert: Emma é uma mulher sonhadora, uma pequeno-bur­guesa criada no campo que aprendeu a ver a vida através da literatura senti­men­tal. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles Bovary, um médico interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento de uma filha dá alegria ao indissolúvel casamento no qual a protagonista sente-se presa. Como Dom Quixote, que leu romances de cavalaria demais e pôs-se a guerrear com moinhos, ela tenta dar vida e paixão à sua existência, escolha que levará a uma sucessão de erros e a uma descida ao inferno.



"Emma Bovary c'est moi", disse Gustave Flaubert (1821-1880), o criador deste que é considerado o ápice da narrativa longa do século XIX – o chamado século de ouro do romance. Flaubert, o esteta, aquele que buscava o mot juste (a palavra exata) e burilava os seus textos por anos a fio, imbuiu-se da consciência e da sensibilidade da sua perso­nagem. Atingiu, com a irretocável prosa de Madame Bovary, o mais alto grau de penetração e análise psicológica da literatura universal. Nunca um romancista talhou com tanto esmero a mente e as aflições de sua personagem

6. A morte de Ivan Ilitch - Leon Tolstói: "Muitos críticos consideram 'A morte de Ivan Ilitch' como a novela mais perfeita da literatura mundial; a agonia de um burocrata insignificante serve de pretexto ao autor para nos contar uma história que diz respeito ao destino de cada um de nós e que é impossível ler sem um fręmito de angústia e de purificaçăo" - Paulo Rónai. 

7. O discurso do método - René Descartes: cogito ergo sum. "Penso, logo existo." Tal proposição resume o espírito de René Descartes (1596-1650), sábio francês cujo Discurso do método inaugurou a filosofia moderna. Em 1637, em uma época em que a força da razão tal qual a conhecemos era muito mais do que incipiente, e em que textos filosóficos eram escritos em latim, voltados apenas para os doutores, Descartes publicou Discurso do método, redigido em língua vulgar, isto é, o francês. Ele defendia o "uso público" da razão e escreveu o ensaio pensando em uma audiência ampla. Queria que a razão – este privilégio único dos seres humanos – fosse exatamente isso, um privilégio de todos homens dotados de senso comum.

Trata-se de um manual da razão, um prático "modo de usar". Moderno, Descartes postulava a idéia de que a razão deveria permear todos os domínios da vida humana e que a apreciação racional era parâmetro para todas as coisas, numa atividade libertadora, voltada contra qualquer dogmatismo. Evidentemente, tal premissa revolucionária lhe causaria problemas, sobretudo no âmbito da igreja: em 1663, vários de seus livros foram colocados no Index. Razão alegada: a aplicação de exercícios metafísicos em assuntos religiosos. Discurso do método mostra por que Descartes – para quem "mente", "espírito", "alma" e "razão" significavam a mesma coisa – marcou indelevelmente a história do pensamento.

8. Hamlet - Shakespeare: "Hamlet", de William Shakespeare, é uma obra clássica permanentemente atual pela força com que trata de problemas fundamentais da condição humana. A obsessão de uma vingança onde a dúvida e o desespero concentrados nos monólogos do príncipe Hamlet adquirem uma impressionante dimensão trágica. Nesta versão, Millôr Fernandes resgata o prazer de ler Shakespeare, o maior dramaturgo da literatura universal, em uma das suas obras mais famosas.



9. O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry: "O essencial é invisível para os olhos." Há algumas histórias que transformam o mundo de seus leitores para sempre. O pequeno príncipe é uma delas. 

Um piloto isolado no deserto do Saara acorda e se depara com um garotinho loiro dizendo: "Por favor, desenhe uma ovelha para mim". Nesse momento, o piloto se dá conta de que, quando a realidade parece inexplicável, não há outra escolha a não ser sucumbir a seus mistérios... E, justamente, um dos grandes mistérios deste livro é encantar gerações e gerações de leitores há mais de setenta anos, tanto adultos como crianças, que a cada leitura descobrem novos significados para as sábias palavras do principezinho.

As belas aquarelas de Saint-Exupéry, aqui reproduzidas como na primeira edição do livro, em 1943, permitem viajar por planetas desconhecidos e se encantar com esta fábula mais do que poética.

Sobre o Kindle Unlimited

É um programa de assinatura de livros que funciona mais ou menos como uma biblioteca. Para assinar, você precisa ter ou o aparelho Kindle ou o aplicativo do Kindle no seu smartphone, tablet ou notebook. 

Ele funciona assim: você para R$ 19,90 por mês e tem acesso a mais de 1 milhão de e-books sem ter que pagar nada a mais por eles além da assinatura. Você pode ter em seu aparelho/aplicativo até 10 livro por vez. A troca de livros, porém, é ilimitada. 

Esse é um programa bacana para quem lê bastante, mas de qualquer forma, se você ficou interessado e quer testar, todos os novos assinantes tem 30 dias de uso gratuito. Se não curtir ou achar que você não vai aproveitar tanto, é só cancelar. 

Nesse vídeo que eu postei lá no canal, eu falo um pouco sobre o aparelho Kindle e também sobre o Kindle Unlimited. 

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