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Os pais na literatura

Hoje é Dia dos Pais, e para homenagear esses que são - assim como nossas mães - nossos primeiros e grandes exemplos, resolvemos selecionar alguns livros que falam sobre essa relação de pais e filhos ou que nos apresentam a bons pais. Vamos lá?

Quase memória, Carlos Heitor Cony: tendo como base a vida do próprio escritor, esse livro retrata justamente a relação entre pai e filho, a partir do momento em que o autor, já adulto, recebe um embrulho na recepção de um hotel e se surpreende ao perceber que a letra no envelope é do pai dele, já falecido há cerca de 10 anos. Essa entrega, é claro, desencadeia lembranças da infância e muitos sentimentos em relação à figura paterna. Esse livro foi ganhador dos prêmios Jabuti de melhor romance e de livro do ano em 1996. 



À Procura da Felicidade, Chris Gardner: essa história ficou famosa pelo filme protagonizado por Will Smith e o livro, assim como no longa-metragem, narra a história de Chris Gardner, um pai que luta contra a pobreza - ele chega a ter que viver nas ruas e dormir em abrigos públicos - sempre buscando oferecer uma vida melhor para o filho. Sua incrível dedicação o leva ao sucesso. 

O Filho Eterno, Cristóvão Tezza: outra história autobiográfica, nesse livro, o autor fala sobre a relação com o filho portador da Síndrome de Down, abordando as vitórias, mas também as dificuldades, a começar pela própria reordenação da vida, necessária para ajudar o filho Felipe a enfrentar os obstáculos. O livro também recebeu diversos prêmios em 2008. 



O Físico, Noah Gordon: a história não é necessariamente sobre a relação entre pai e filho, mas nos apresenta a um pai incrível e por isso mereceu entrar nessa lista. Nesse livro, somos apresentados à história de Rob Cole, órfão aprendiz de um barbeiro-cirurgião na Inglaterra. Ao tomar conhecimento da existência de uma escola na Pérsia, onde um famoso físico leciona, decide ir ao seu encontro. No entanto, descobre que os cristãos não têm acesso às universidades muçulmanas. A solução encontrada é assumir a identidade de um judeu. O mais interessante, no entanto, é o amor que há entre o personagem principal e o homem que o adota como filho. 

O Sol é Para Todos, Harper Lee: a narrativa desse livro aborda a questão do racismo nos Estados Unidos e se passa em meados da década de 1930. A história, é narrada por uma menina, filha de um advogado que foi designado para defender um negro acusado de estupro, e portanto, vemos o pai pelos olhos dela. Mas esse não é um pai qualquer. Além de ser muito à frente de seu tempo, ele também é um educador maravilhoso, que assumiu a crianção dos filhos após a morte da mãe, suprindo todas as suas necessidades físicas, emocionais e ensinando-lhes sempre a ter senso de justiça. 



Orgulho e Preconceito, de Jane Austen: o destaque aqui vai para Mr. Bennet, o pai da personagem principal, que, indo contra o padrão que seria esperado na época - de pais mais frios e distantes - é amoroso e preocupado com as filhas. Em um dos momentos, ele chega a dizer para Liz, sobre casar ou não com Mr. Collins: “Será uma estranha em sua própria casa, diante de seus próprios pais: sua mãe nunca mais a verá de novo caso não se case com Mr. Collins, e eu nunca mais a verei de novo caso se case.”

As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi: Geppetto é um dos pais mais clássicos da literatura e por isso, não poderia ficar de fora. Já com certa idade e sem filhos, o carpinteiro resolve criar um menino de madeira e o ama tanto que a vida passa a habitar efetivamente, o corpinho de madeira. A história é repleta de simbolismos - como a questão da divindade da criação - mas fala, sobretudo, sobre o amor entre pai e filho. 

As Crônicas de Gelo e Fogo, George R. R. Martin: são vários os pais e filhos presentes nessa história e suas relações são as mais variadas, mas decidi destacar aqui o personagem Eddard Stark. Esse personagem morre ainda nos primeiros capítulos da série literária, mas sua figura é tão marcante, e enquanto pai ele ensinou tanto aos filhos, deixando-lhes um legado de honra, que os filhos o levam consigo até as últimas páginas, sempre buscando ser justos e corretos como ele. 



Harry Potter, J. K. Rowling: nessa história, poderiamos destacar o próprio pai do Harry, mas preferi a figura de Arthur Weasley. Acho que ele é o grande pai da história, não só para os seus muitos filhos, mas também para os "agregados" como Harry e Hermione. Sua relação com eles é de amor, carinho e cumplicidade. Compreesivo, engraçado e muito amigo, Arthur merece o nosso carinho hoje também. 

Esses foram os que selecionei, mas sei que há muitos outros. Lembra de algum e acha que ele deveria estar nessa lista? Então manda pra nós que a gente acrescenta! 

Por hoje, é isso pessoal.

Abraços.

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