Lá se vão pelo menos uns 4 meses que tenho acumulado uma série de temas a respeito dos quais gostaria de escrever aqui. Se vocês vissem o tanto de rascunhos que existem nesse blog. Aqui e ali anoto uma ideia ou outra pra desenvolvê-la depois, quando chegar em casa, ou no intervalo do almoço, ou quando der...
E não tem dado.
Não é nem apenas a falta de tempo. A vida é corrida sim, mas não é só isso.
Acontece que depois de um dia inteiro trabalhando com um tema que, em novembro do ano passado eu diria ser impossível pra mim, mesmo agora que já tenho mais noção, mesmo agora que já entrei em um certo ritmo e que consigo compreender melhor esse universo dos investimentos, das finanças e da economia, eu chego em casa em tal estado de exaustão mental que não consigo pensar ou fazer praticamente mais nada.
Durante as primeiras semanas eu cheguei a acreditar que eu entraria em um certo ritmo, que eu me acostumaria e que então seria mais fácil eu conseguiria produzir outras coisas no fim do dia ou nas brechas de tempo. Então me dei uma folga. Me permiti sentir o cansaço e me dei umas folgas mentais depois do trabalho. Mas passado todo esse tempo, das duas uma:
1. Ou eu perdi totalmente o ritmo e agora não consigo lidar com todas as coisas que eu gostaria;
2. Ou eu ainda não me acostumei mesmo, sabe? Ainda estou no processo.
Eu não sei também se não é um pouco dos dois talvez, mas o fato é que estou cansada, esgotada e não tenho conseguido me forçar a produzir para além daquilo que sou "obrigada" para pagar as minhas contas.
Por um lado, isso me chateia.
Eu sempre fui dessas de fazer um milhão de coisas. Em muitos momentos da vida eu tive os meus "trabalhos por dinheiro" e os "trabalhos por amor", afinal, nem sempre a gente consegue conciliar tudo, né?! E essa coisa de ficar só trabalhando por dinheiro, eu sei que isso não é o ideal (pelo menos pra mim), porque vai me minando com o tempo.
Além disso, há algum tempo eu sonhei com o meu avô e no sonho ele me disse várias coisas que não lembro bem, porém, quando eu estava acordando, uma frase ficou ecoando com muita clareza na minha mente: "a gente precisa fazer mais do que aquilo que esperam da gente".
Até hoje não sei se entendi direito o que isso quer dizer. Não sei se vou entender um dia (e inclusive tenho um rascunho sobre isso aqui no blog), mas eu tenho a tendência a refletir sobre isso em vários aspectos da minha vida. Eu costumo me cobrar muito ao natural, e desde sempre sou daquelas que se pergunta "o que esperam de mim?" e agora eu sei que devo fazer mais do que isso sem às vezes nem saber a resposta para isso! Entendem o complexo dilema? E no trabalho não é diferente. No trabalho por dinheiro e no trabalho por amor.
E o fato de ter sido o vô a me dizer isso... quem me conhece sabe o peso que ele sempre teve na minha vida. Se ele disse, é porque é importante.
E só pra ficar claro, talvez alguém pense "ah, mas talvez não tenha sido o avô que disse, talvez ela tenha sonhado com isso porque ela pensa muito sobre isso, porque é algo do inconsciente dela...". Eu respeito quem acredita nisso, porém, eu vejo esse tipo de sonho de uma forma diferente, porque como Espírita, sei que estive com ele e que ouvi isso dele.
E sei também que ele disse isso por amor, pra me ajudar, pra tentar me fazer ver algo. Só que sorry, vô! Tá sendo difícil de ver, tá?! Daqui a pouco vaaaai! Haha.
Por outro lado...
Eu tenho tentado respeitar meu tempo também, minhas necessidades físicas e emocionais, porque essa coisa de romantizar o cansaço é um aspecto da vida que tenho questionado muito também (e que inclusive é alvo de outro dos meus rascunhos aqui no blog). Não dá mais né, gente? Poxa, não é bonito se sentir cansado o tempo todo. Não é legal você se esgotar tanto.
Então, a gente vai seguindo, né?! Não sei pra onde, nem até quando, nem como.
Mas o que eu queria dizer com tudo isso
É que tenho estado em silêncio não por falta do que dizer ou por falta de vontade. Tenho muuuuita vontade de compartilhar minhas leituras, tenho muita vontade de falar sobre os clubes de leitura, tenho muita vontade de vir aqui e desabafar mais vezes, (porque sério que terapia é isso aqui minha gente!). Tenho ideias para sites sobre o ciclo gravídico-puerperal, Instagram literário, newsletter, ideias de post pra esse blog e para outros tantos espaços.
Mas não tem dado.
Eu até coloco na agenda em muitos momentos, mas na maior parte das vezes que tenho uma folga eu simplesmente não consigo, porque sinto uma necessidade muito grande de fazer outras coisas, de colocar o rosto no sol, ou então, só me voltar para os livros, que me acolhem, com meu cansaço, exigindo muito pouco de mim (alguns deles, é claro, porque há livros que exigem mais sim, mas eu tenho feito leituras mais leves também por esses tempos e bem menos leituras do que em outras épocas, mas isso já é assunto pra outro post).
Quero ver se nos próximos dias eu volto a compartilhar um pouco mais da minha rotina de leitura no Insta. Faz um tempo que tenho vontade de fazer, mas que estou adiando por algum motivo e acho que para isso eu estou me sentindo mais pronta. Sem compromissos, só pra fazer uns postezinhos descompromissados mesmo. E na medida em que isso for acontecendo, vou trazendo tudo aqui também.
E 2022 tá chegando também, né?! Quem sabe a gente não dá um start cheio de energia nele?!
Então, resumindo, é isso: eu quero! E não tem dado... mas logo vai dar!
E a quem ler, meu muito obrigada por chegar até aqui e tentar compreender um pouco do que se passa nessa vida estranha. Mas dizem que de perto todo mundo é louco, né? Então comigo não seria diferente.
Beijos.
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