Oiie gente!
Recentemente eu li um livro espírita, chamado Aconteceu na Casa Espírita, escrito pelo Espírito Nora e psicografado por Emanuel Cristiano, que - como todos os livros espíritas, mas esse em especial - me deixou pesando muito. Nesse caso, a respeito da não existência de coincidências. Nem mesmo nas leituras que vêm parar nas nossas mãos.
Sobre o livro, especificamente, eu fiz um vídeo e postei lá no meu canal do YouTube, onde gosto de compartilhar algumas experiências de leituras dessas obras espíritas - por entender que ainda há pouca coisa para o público que procura esse tipo de leitura - e eu vou deixar o vídeo aqui abaixo. Mas na sequência, quero comentar sobre algumas coisas um pouco mais pessoais.
Eu tinha que ler esse livro
A obra chegou até mim por meio de um colega do grupo de estudos da Casa Espírita. O livro era dele e por algum motivo ele o levou ao encontro numa noite de quarta-feira e então eu vi o livro, me interessei e ele disse que eu poderia pegar emprestado se eu quisesse. Eu quis.
Nos dias seguintes eu comecei a leitura. Num primeiro momento, confesso que não gostei tanto assim da obra. Achei que a forma de as "personagens" se expressarem era um pouco clichê. Como falei no vídeo, acho que a diferenciação entre o bem o mal está um pouco escancarada demais, quando na verdade, acho eu, na maior parte das vezes as diferenças são bem mais sutis. Acho que o mau nem sempre se dá conta de que é mau. Ele simplesmente acredita que está fazendo o bem.
Então eu confesso que cheguei a pensar em desistir. Porém, poucos dias depois, olha o que aconteceu: eu estava com o livro no carro porque iria levá-lo para o meu colega e devolvê-lo mesmo sem ter concluído a leitura, mas aconteceram algumas coisas e eu acabei tendo que esperar dentro do carro por um tempo naquele dia. Nessa espera eu resolvi pegar o livro novamente, já que ele estava ali.
E então, me ocorre - com certeza sob inspiração do meu querido, porém, sofrido anjo da guarda - que tem tanto trabalho para me orientar sempre - que aquele livro precisava ser assim para que a obra como um todo fosse compreendida. Quer dizer: aquele não era um livro sobre as sutilezas do mal, mas sobre como o mal age muitas vezes, inclusive em relação às Casas Espíritas e aos frequentadores delas.
E era exatamente sobre aquilo que eu vinha precisando ler mesmo, sabe? O livro mostra muito bem como nós somos influenciáveis e o quanto devemos nos preocupar em manter a nossa vibração o mais elevada possível, sempre em oração, sempre em conexão com a espiritualidade amiga, com a energia divina, com Jesus. Mostra como, muitas vezes a gente se deixa levar por coisas que só acontecem para atrapalhar a nossa caminhada.
Eu sou muito assim, pelo menos.
Amo frequentar a Casa Espírita. Amo trabalhar nela. Porém, com bastante frequência acontecem coisas que me tiram do rumo dela, fazem com que eu acabe decidindo não ir, fazem com que eu atrase trabalhos que já estavam em processo. E a leitura desse livro, que - graças aos meus queridos amigos foi finalizada - foi perfeita para me abrir os olhos nesse sentido.
Não que eu já não soubesse de tudo aquilo, lá no fundo, né?! Mas quando a gente se envolve em uma leitura, as imagens que a gente cria na mente nos ajudam a lembrar de algumas coisas, fortalecem o nosso saber. E acho que agora, na próxima oportunidade, vou conseguir lidar um pouquinho (inho) melhor com essas influências. E isso é importante, porque entendo, cada vez mais, que a minha evolução passa por trabalhar na Casa Espírita.
A gente lê os livros quando tem que ler
Mas o que eu queria mesmo dizer é que esse livro chegou nas minhas mãos no momento em que deveria chegar, depois de algumas semanas em que algumas dessas influências haviam sido bem fortes sobre mim. E isso me fez pensar que as leituras, se não todas, a maioria, chegam pra gente na hora que tem que chegar.
Naturalmente, temos que estar abertos pra elas, né?! Também entendo que na nossa realidade, muitas pessoas não tem acesso a livro nunca por problemas culturais, por falta de bibliotecas, por falta de incentivo à leitura, por falta de contato com outras pessoas que leem, por falta de trocas. E sim, isso é um problema que precisa ser resolvido. Mas o meu ponto é o de que quando se tem tudo isso, as obras chegam na hora que precisam chegar nas nossas mãos.
E não falo só das espíritas. Porque não são apenas os livros espíritas que nos ensinam algo. Nem só os didáticos. Acho que os romances podem ser muito instrutivos também, podem nos ajudar a ter mais inteligência emocional, por exemplo, a exercitar a empatia, etc, o que é muito importante também.
E quando eu digo que eles chegam até nós, quero dizer no sentido de nos tocarem sabe? Porque às vezes o livro está lá na prateleira da tua casa, mas tu não sentiu vontade de ler ele ainda. Ou então tu pegou o volume, abriu, deu uma conferida, mas não conseguiu seguir com a leitura. Por que? Porque talvez não é o melhor momento pra você.
Isso é bem óbvio na verdade né?! Qual leitor já não teve uma experiência dessas não é mesmo? De simplesmente não se conectar com o livro em determinado momento e depois de alguns meses ou anos, numa nova tentativa simplesmente não conseguir largar a leitura. Ou então de pegar para reler aquele livro que você amou em outro momento da vida e então, simplesmente não gostar mais da leitura.
Isso faz parte porque mudamos o tempo inteiro. Amadurecemos. Evoluímos. Aprendemos. E então as coisas nos tocam de formas diferentes. Aquilo com o qual eu não conseguia estabelecer uma conexão antes, agora vibra na mesma energia que eu. E aquilo que antes era tão bacana pra mim, agora já foi, já não preciso mais.
E assim vai a vida, não é mesmo?!
E bom, dito isso, me despeço por aqui desejando ótimas conexões com ótimos livros. Hoje e sempre. Para todos, todas e todes nós.
Beijos.
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